quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MEU PÉ DE CAMBUI


 cambui





Temos um pé de cambui no quintal da nossa casa.  Não conheciamos, mas quando compramos esta casa na linha verde, aqui o encontramos. O sabor do fruto nos lembra a pitanga, o suco geladinho é delicioso!


Origem do nome: palavra indígena que significa folha que cai; que se desprende.
O Cambuí (Myrciaria tenella) é uma espécie belíssima da grande família das mirtáceas, cujos parentes mais conhecidos são a goiabeira, a jabuticabeira, a pitangueira e o eucalipto tinhoso
O Cambuí costuma recompensar os longos anos de crescimento cobrindo-se de flores brancas muito miudas. Neste período de novembro e dezembro ou até um pouco mais tarde de acordo com a região, sua presença pode ser sentida à distância pelo intenso perfume que exala, muito atraente às abelhas.
Em janeiro, o Cambuí ganha um novo colorido proporcionando pelos milhares de frutos vermelhos, quase roxos, que é uma festa para os olhos, o paladar e para o olfato e para os pássaros, que festejam a farta alimentação com entusiasmada cantoria.
As mirtáceas geralmente têm folhas pequenas e tronco marmorizado e descamante de 20 a 30 cm de diâmetro.
Sua madeira é tão dura que costuma ser utilizada em cabos de martelo, caibros de barracões e em muitos instrumentos agrícolas, As crianças colhem suas forquilhas para fazer estilingues. As mulheres transformam as espessas ramagens em excelentes vassouras para áreas de terra. Os carros-de-boi com eixo feitos a partir do tronco da árvore cambuí eram os que produziam o choro mais melodioso e bonito aos ouvidos.
Apesar de tanta vitalidade é uma árvore de aparência muito delicada, o que contribuiu para que hoje ela seja conhecida apenas como nome de bairro.
Formar um cambuí não é fácil: a muda originária da semente só fica pronta para ser transposta para o local definitivo após 8 meses em ambiente semi-sombreado. Mesmo assim sua viabilidade germinativa é muito curta.
O fato de essa árvore crescer muito devagar os coloca em risco maior de desaparecimento
O engenheiro agrônomo Hari Lorenzi, autor do livro As Árvores Brasileiras, chama a atenção para a importância ecológica da planta. Para ele, o Cambuí é indispensável em reflorestamentos mistos destinados à recomposição de áreas de preservação permanente.
É uma árvore extremamente ornamental. Seu tronco decorativo presta-se bem para o paisagismo, especialmente em arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas. Seus frutos são comestíveis e procurados por várias espécies de aves.

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